'Basta ter oportunidade': indígena brasileira se junta a Mandela e Malala com principal prêmio de direitos humanos da ONU
"Essa pintura significa a primeira mulher. Eu sempre uso", diz a advogada Joênia Wapichana, mostrando um conjunto de linhas e círculos pintados abaixo dos olhos, poucas horas depois de receber o principal prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas, na última terça-feira, em Nova York.
O desenho centenário reconstrói a trajetória pioneira da brasileira de 44 anos. Em 1997, foi a primeira indígena a se formar em Direito no país. Em 2004, a primeira a ir até a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington, para denunciar violações do Estado brasileiro.
Em 2008, se tornou a primeira a defender um caso no Supremo Tribunal Federal. Três anos depois, se tornou novamente a primeira a completar um mestrado em uma universidade dos Estados Unidos.
A lista engordou no mês de outubro de 2018, quando Wapichana rompeu mais um paradigma ao se tornar a primeira mulher indígena a se eleger deputada federal no Brasil.
"Sempre fui minoria por onde passei", diz a advogada em entrevista à BBC News Brasil. "Isso que me impulsionou a provar que somos capazes, que o indígena não é inferior e que basta ter uma oportunidade, que ele agarra."
Em pouco mais de uma hora de conversa, ela se lembra que na escola em Boa Vista (RR), onde era a única indígena, era chamada pejorativamente de "caboclinha". Quando passou em quinto lugar no vestibular para o curso de Direito de uma universidade federal, foi questionada se entenderia o que diriam os professores.
"Quando fiz a inscrição do vestibular, me lembro que as pessoas olhavam com cara de 'você está na fila errada'", diz.
"Minha identidade está na minha cara, eu não tenho mistura. É essa cara da Amazônia que nós temos", diz.
Agora, "a cara da Amazônia" se junta a uma trupe de premiados que inclui alguns dos nomes mais celebrados da História, como Martin Luther King, Nelson Mandela e Malala Yousafzai.
Criado em 1968, o prêmio de Direitos Humanos da ONU é visto como uma espécie de Nobel da Paz concedido pelas Nações Unidas - já que boa parte de seus vencedores também recebeu, posteriormente, a honraria mais importante do planeta.
"Vejo isso como responsabilidade, não vaidade", diz a vencedora.
"Essa pintura significa a primeira mulher. Eu sempre uso", diz a advogada Joênia Wapichana, mostrando um conjunto de linhas e círculos pintados abaixo dos olhos, poucas horas depois de receber o principal prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas, na última terça-feira, em Nova York.
O desenho centenário reconstrói a trajetória pioneira da brasileira de 44 anos. Em 1997, foi a primeira indígena a se formar em Direito no país. Em 2004, a primeira a ir até a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington, para denunciar violações do Estado brasileiro.
Em 2008, se tornou a primeira a defender um caso no Supremo Tribunal Federal. Três anos depois, se tornou novamente a primeira a completar um mestrado em uma universidade dos Estados Unidos.
A lista engordou no mês de outubro de 2018, quando Wapichana rompeu mais um paradigma ao se tornar a primeira mulher indígena a se eleger deputada federal no Brasil.
"Sempre fui minoria por onde passei", diz a advogada em entrevista à BBC News Brasil. "Isso que me impulsionou a provar que somos capazes, que o indígena não é inferior e que basta ter uma oportunidade, que ele agarra."
Em pouco mais de uma hora de conversa, ela se lembra que na escola em Boa Vista (RR), onde era a única indígena, era chamada pejorativamente de "caboclinha". Quando passou em quinto lugar no vestibular para o curso de Direito de uma universidade federal, foi questionada se entenderia o que diriam os professores.
"Quando fiz a inscrição do vestibular, me lembro que as pessoas olhavam com cara de 'você está na fila errada'", diz.
"Minha identidade está na minha cara, eu não tenho mistura. É essa cara da Amazônia que nós temos", diz.
Agora, "a cara da Amazônia" se junta a uma trupe de premiados que inclui alguns dos nomes mais celebrados da História, como Martin Luther King, Nelson Mandela e Malala Yousafzai.
Criado em 1968, o prêmio de Direitos Humanos da ONU é visto como uma espécie de Nobel da Paz concedido pelas Nações Unidas - já que boa parte de seus vencedores também recebeu, posteriormente, a honraria mais importante do planeta.
"Vejo isso como responsabilidade, não vaidade", diz a vencedora.
'Basta ter oportunidade': indígena brasileira se junta a Mandela e Malala com principal prêmio de direitos humanos da ONU
"Essa pintura significa a primeira mulher. Eu sempre uso", diz a advogada Joênia Wapichana, mostrando um conjunto de linhas e círculos pintados abaixo dos olhos, poucas horas depois de receber o principal prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas, na última terça-feira, em Nova York.
O desenho centenário reconstrói a trajetória pioneira da brasileira de 44 anos. Em 1997, foi a primeira indígena a se formar em Direito no país. Em 2004, a primeira a ir até a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington, para denunciar violações do Estado brasileiro.
Em 2008, se tornou a primeira a defender um caso no Supremo Tribunal Federal. Três anos depois, se tornou novamente a primeira a completar um mestrado em uma universidade dos Estados Unidos.
A lista engordou no mês de outubro de 2018, quando Wapichana rompeu mais um paradigma ao se tornar a primeira mulher indígena a se eleger deputada federal no Brasil.
"Sempre fui minoria por onde passei", diz a advogada em entrevista à BBC News Brasil. "Isso que me impulsionou a provar que somos capazes, que o indígena não é inferior e que basta ter uma oportunidade, que ele agarra."
Em pouco mais de uma hora de conversa, ela se lembra que na escola em Boa Vista (RR), onde era a única indígena, era chamada pejorativamente de "caboclinha". Quando passou em quinto lugar no vestibular para o curso de Direito de uma universidade federal, foi questionada se entenderia o que diriam os professores.
"Quando fiz a inscrição do vestibular, me lembro que as pessoas olhavam com cara de 'você está na fila errada'", diz.
"Minha identidade está na minha cara, eu não tenho mistura. É essa cara da Amazônia que nós temos", diz.
Agora, "a cara da Amazônia" se junta a uma trupe de premiados que inclui alguns dos nomes mais celebrados da História, como Martin Luther King, Nelson Mandela e Malala Yousafzai.
Criado em 1968, o prêmio de Direitos Humanos da ONU é visto como uma espécie de Nobel da Paz concedido pelas Nações Unidas - já que boa parte de seus vencedores também recebeu, posteriormente, a honraria mais importante do planeta.
"Vejo isso como responsabilidade, não vaidade", diz a vencedora.
"Essa pintura significa a primeira mulher. Eu sempre uso", diz a advogada Joênia Wapichana, mostrando um conjunto de linhas e círculos pintados abaixo dos olhos, poucas horas depois de receber o principal prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas, na última terça-feira, em Nova York.
O desenho centenário reconstrói a trajetória pioneira da brasileira de 44 anos. Em 1997, foi a primeira indígena a se formar em Direito no país. Em 2004, a primeira a ir até a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington, para denunciar violações do Estado brasileiro.
Em 2008, se tornou a primeira a defender um caso no Supremo Tribunal Federal. Três anos depois, se tornou novamente a primeira a completar um mestrado em uma universidade dos Estados Unidos.
A lista engordou no mês de outubro de 2018, quando Wapichana rompeu mais um paradigma ao se tornar a primeira mulher indígena a se eleger deputada federal no Brasil.
"Sempre fui minoria por onde passei", diz a advogada em entrevista à BBC News Brasil. "Isso que me impulsionou a provar que somos capazes, que o indígena não é inferior e que basta ter uma oportunidade, que ele agarra."
Em pouco mais de uma hora de conversa, ela se lembra que na escola em Boa Vista (RR), onde era a única indígena, era chamada pejorativamente de "caboclinha". Quando passou em quinto lugar no vestibular para o curso de Direito de uma universidade federal, foi questionada se entenderia o que diriam os professores.
"Quando fiz a inscrição do vestibular, me lembro que as pessoas olhavam com cara de 'você está na fila errada'", diz.
"Minha identidade está na minha cara, eu não tenho mistura. É essa cara da Amazônia que nós temos", diz.
Agora, "a cara da Amazônia" se junta a uma trupe de premiados que inclui alguns dos nomes mais celebrados da História, como Martin Luther King, Nelson Mandela e Malala Yousafzai.
Criado em 1968, o prêmio de Direitos Humanos da ONU é visto como uma espécie de Nobel da Paz concedido pelas Nações Unidas - já que boa parte de seus vencedores também recebeu, posteriormente, a honraria mais importante do planeta.
"Vejo isso como responsabilidade, não vaidade", diz a vencedora.
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