Vivina de Assis Viana
Ilustrações: Míriam R. Costa Araújo
15 Edição | Editora LÊ
Chuim,
você tem nome de personagem.
E esse livro é todo seu.
Chuim tinha cinco anos e morava numa cidade grande. À tarde, mochila nas costas, ele ia pra escola. Já estava sabendo escrever uns números, muitos, uns nomes, pouco, e as letras todas.
Na escola, gostava de fazer bolo de aniversário: enchia um balde com areia úmida, apertava bem, virava de cabeça pra baixo, puxava com cuidado e o bolo estava lá, pronto, macio.
Um dia, quando acabou de cantar parabéns, em vez de partir o bolo, Chuim ficou parado, calado e muito assustado. Depois gritou sua colega, lá do outro lado:
— Lola!Olha meu dente!
Chuim gritava e empurrava o dente com a língua, pra lá e pra cá.
— Ele está mole! — Lol gritava também. — Ele está mole e vai cair! Quando ele cair, sabe o que você faz?
— O quê?
— Você joga em cima do telhado. Se não jogar, não nasce outro.
— E onde é que eu vou arranjar um telhado?
— Não sei, por aí, por aí.
Enquanto Chuim pensava, Lola ia explicando:
— Você jog o dente lá em cima e fala assim: "andorinha, andorinha, leva esse dent velho pra lá e traz outro bom pra cá".
Chuim foi pra casa pensando em telhado, andorinha, dente velho, novo, uma confusão.
Na hora de dormir, a mãe dele lhe disse: quando seu dente cair, a gente pode fazer um colar pra Letícia com ele.
Chuim não disse nada. Bem que gostava da ideia da mãe, o dente pendurado numa correntinha e enfeitando o pescoço da irmã. Mas, e o telhado? E a andorinha?
Uns três dias depois, enquanto pulava e tornava a pular do sofá pro chão, Chuim sentiu, com a língua, que já estava sem o dente.
Gritou:
— Mãe!!! Meu dente sumiu!
A mãe veio correndo: arrastaram o sofá, levantaram o tapete, olharam pra todo lado, viraram pra fora os bolsos de Chuim.
— E agora, mamãe? Nem telhado, nem colar?
— E nem fada! — disse Filipe.
Filipe morava pertinho, acabava de chegar e contou: quem quisesse ter um dente bom de verdade, devia embrulhar bem embrulhado, colocar na janela ou debaixo do travesseiro e dormir.
Durante a noite uma fada chegava, levava o dente, deixava um presente.
Sem dente pra fazer ,colar, sem telhado pra procurar e sem fada pra trocar presente, Chuim ficou triste de verdade. Passava a língua pra lá e pra cá e nada de dente, só um buraco.
E se ele não nascesse mesmo? Estava começando a ficar com meso. Uma noite, perde o sono e resolveu: No dia seguinte bem cedo ia telefonar pra Sônia, pra Guará ou pra Lucinha, suas amigas dentistas.
No dia seguinte, bem cedo, em frente ao espelho, antes de escovar os dentes, procurou aquele buraquinho com a língua. E saiu gritando, pulando, rindo, cantando, tudo de uma vez.
Se já soubesse escrever, teria escrito bem grande, ali no espelho: "Meu dente nasceu!"
E nasceu mesmo, sem telhado, nem fada, só com o tempo passando.
Chuim, brincando na escola, percebeu que seu dente estava mole. Logo gritou por Lola, sua colega, para mostrar o que tinha acontecido. Lola foi logo dizendo que, quando o dente caísse, tinha que jogar em cima do telhado, senão não nasceria outro. Um dia, o dente caiu e Chuim não o encontrou. Ele ficou assustado, com medo de não nascer outro dente. Mas para sua surpresa...
ATIVIDADES SUGERIDAS
– Conversar sobre os diálogos entre as crianças da história.
– Debater:
• A queda de dentes de leite: um fato natural;
• Crenças populares sobre a queda dos dentes de leite;
• Os cuidados que devemos ter com os dentes para mantê-los sadios e seu papel na alimentação.
– Produção de texto: criar quadras que comecem assim:
• Enterrei meu lindo dente/debaixo de uma roseira...
• Joguei meu dente de leite/lá em cima do telhado...
Vivina de Assis Viana
Ilustrações: Míriam R. Costa Araújo
15 Edição | Editora LÊ
Chuim,
você tem nome de personagem.
E esse livro é todo seu.
Chuim tinha cinco anos e morava numa cidade grande. À tarde, mochila nas costas, ele ia pra escola. Já estava sabendo escrever uns números, muitos, uns nomes, pouco, e as letras todas.
Na escola, gostava de fazer bolo de aniversário: enchia um balde com areia úmida, apertava bem, virava de cabeça pra baixo, puxava com cuidado e o bolo estava lá, pronto, macio.
Um dia, quando acabou de cantar parabéns, em vez de partir o bolo, Chuim ficou parado, calado e muito assustado. Depois gritou sua colega, lá do outro lado:
— Lola!Olha meu dente!
Chuim gritava e empurrava o dente com a língua, pra lá e pra cá.
— Ele está mole! — Lol gritava também. — Ele está mole e vai cair! Quando ele cair, sabe o que você faz?
— O quê?
— Você joga em cima do telhado. Se não jogar, não nasce outro.
— E onde é que eu vou arranjar um telhado?
— Não sei, por aí, por aí.
Enquanto Chuim pensava, Lola ia explicando:
— Você jog o dente lá em cima e fala assim: "andorinha, andorinha, leva esse dent velho pra lá e traz outro bom pra cá".
Chuim foi pra casa pensando em telhado, andorinha, dente velho, novo, uma confusão.
Na hora de dormir, a mãe dele lhe disse: quando seu dente cair, a gente pode fazer um colar pra Letícia com ele.
Chuim não disse nada. Bem que gostava da ideia da mãe, o dente pendurado numa correntinha e enfeitando o pescoço da irmã. Mas, e o telhado? E a andorinha?
Uns três dias depois, enquanto pulava e tornava a pular do sofá pro chão, Chuim sentiu, com a língua, que já estava sem o dente.
Gritou:
— Mãe!!! Meu dente sumiu!
A mãe veio correndo: arrastaram o sofá, levantaram o tapete, olharam pra todo lado, viraram pra fora os bolsos de Chuim.
— E agora, mamãe? Nem telhado, nem colar?
— E nem fada! — disse Filipe.
Filipe morava pertinho, acabava de chegar e contou: quem quisesse ter um dente bom de verdade, devia embrulhar bem embrulhado, colocar na janela ou debaixo do travesseiro e dormir.
Durante a noite uma fada chegava, levava o dente, deixava um presente.
Sem dente pra fazer ,colar, sem telhado pra procurar e sem fada pra trocar presente, Chuim ficou triste de verdade. Passava a língua pra lá e pra cá e nada de dente, só um buraco.
E se ele não nascesse mesmo? Estava começando a ficar com meso. Uma noite, perde o sono e resolveu: No dia seguinte bem cedo ia telefonar pra Sônia, pra Guará ou pra Lucinha, suas amigas dentistas.
No dia seguinte, bem cedo, em frente ao espelho, antes de escovar os dentes, procurou aquele buraquinho com a língua. E saiu gritando, pulando, rindo, cantando, tudo de uma vez.
Se já soubesse escrever, teria escrito bem grande, ali no espelho: "Meu dente nasceu!"
E nasceu mesmo, sem telhado, nem fada, só com o tempo passando.
Chuim, brincando na escola, percebeu que seu dente estava mole. Logo gritou por Lola, sua colega, para mostrar o que tinha acontecido. Lola foi logo dizendo que, quando o dente caísse, tinha que jogar em cima do telhado, senão não nasceria outro. Um dia, o dente caiu e Chuim não o encontrou. Ele ficou assustado, com medo de não nascer outro dente. Mas para sua surpresa...
ATIVIDADES SUGERIDAS
– Conversar sobre os diálogos entre as crianças da história.
– Debater:
• A queda de dentes de leite: um fato natural;
• Crenças populares sobre a queda dos dentes de leite;
• Os cuidados que devemos ter com os dentes para mantê-los sadios e seu papel na alimentação.
– Produção de texto: criar quadras que comecem assim:
• Enterrei meu lindo dente/debaixo de uma roseira...
• Joguei meu dente de leite/lá em cima do telhado...
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