Sobre PESSOAS DISPONÍVEIS...



Sobre PESSOAS DISPONÍVEIS...

Não, a gente não gosta de pessoas disponíveis.

Num dia qualquer, numa dessas esquinas improváveis da vida, sem a gente se esforçar, sem a gente tomar iniciativa, alguém vê algo especial em nós e começa a investir. Fica nos cercando, nos mimando, nos incluindo em sua rotina e querendo fazer parte da nossa...

A gente faz o quê? Fica na defensiva, né não? Ou então começa a se sentir meio deus, meio celebridade, meio rei ou rainha da cocada preta, pois está finalmente dando as cartas, está por cima da carne seca, como dizem por aí.

Gente disponível é sem mistério, sem graça, não impõe sofrimento, parece que vive lendo livros de auto-ajuda, pois tem sempre uma frase-clichê positiva na ponta da língua.


A gente não sabe lidar com pessoas disponíveis, porque a gente se esquece de que um dia também já foi assim, já esteve nesse lugar, nessa dimensão de mendicância afetiva, que já deu nó em pingo d’água pra conquistar uma pessoa, pra estar perto dela...

A gente foge das pessoas disponíveis, porque o mundo nos vendeu a falsa ideia de que somente as indisponíveis é que têm valor!

Daí a gente começa a achar bonito ficar em segundo plano, receber migalhas de atenção, suspirar por beijos que nunca vão acontecer, perder tempo e sono esperando uma ligação...

Apegar-se a gente indisponível é fazer curso à distância pra se graduar em coisa nenhuma!

No máximo, o que a gente ganha é uma mera sensação de insignificância, uma espécie de síndrome de ameba.

Mesmo assim, a gente não gosta de pessoas disponíveis.

A boa notícia, para elas, é que não ficarão disponíveis para sempre; mas a má notícia, para nós, é que quando isso acontecer, não teremos mais chance nenhuma com elas.

Lídia Vasconcelos







Sobre PESSOAS DISPONÍVEIS...

Não, a gente não gosta de pessoas disponíveis.

Num dia qualquer, numa dessas esquinas improváveis da vida, sem a gente se esforçar, sem a gente tomar iniciativa, alguém vê algo especial em nós e começa a investir. Fica nos cercando, nos mimando, nos incluindo em sua rotina e querendo fazer parte da nossa...

A gente faz o quê? Fica na defensiva, né não? Ou então começa a se sentir meio deus, meio celebridade, meio rei ou rainha da cocada preta, pois está finalmente dando as cartas, está por cima da carne seca, como dizem por aí.

Gente disponível é sem mistério, sem graça, não impõe sofrimento, parece que vive lendo livros de auto-ajuda, pois tem sempre uma frase-clichê positiva na ponta da língua.


A gente não sabe lidar com pessoas disponíveis, porque a gente se esquece de que um dia também já foi assim, já esteve nesse lugar, nessa dimensão de mendicância afetiva, que já deu nó em pingo d’água pra conquistar uma pessoa, pra estar perto dela...

A gente foge das pessoas disponíveis, porque o mundo nos vendeu a falsa ideia de que somente as indisponíveis é que têm valor!

Daí a gente começa a achar bonito ficar em segundo plano, receber migalhas de atenção, suspirar por beijos que nunca vão acontecer, perder tempo e sono esperando uma ligação...

Apegar-se a gente indisponível é fazer curso à distância pra se graduar em coisa nenhuma!

No máximo, o que a gente ganha é uma mera sensação de insignificância, uma espécie de síndrome de ameba.

Mesmo assim, a gente não gosta de pessoas disponíveis.

A boa notícia, para elas, é que não ficarão disponíveis para sempre; mas a má notícia, para nós, é que quando isso acontecer, não teremos mais chance nenhuma com elas.

Lídia Vasconcelos






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