Como organizar o currículo segundo os campos de experiência da BNCC?
Os processos de ensino-aprendizagem vivem em constante atualização, ainda mais pela aprovação da Base Nacional Comum Curricular em 2017. Mas você sabe como organizar o currículo segundo a BNCC?
Os campos de experiência previstos pelo documento visam trabalhar o desenvolvimento infantil de uma forma holística e coloca as crianças no centro das atividades escolares.
Como organizar o currículo segundo a BNCC?
Os campos de experiência representam uma mudança na lógica do currículo, que deixa de ser uma estrutura formada por conteúdos prévios e passa a se centrar na experiência da criança, na maneira como ela constrói sentido sobre as coisas, os outros e si mesma.
Alguns estudiosos partem do princípio de que a criança não sabe menos, ela tem um conhecimento diferente dos adultos, que precisam saber entrar naquele universo e respeitar a cultura que já existe no imaginário infantil. Assim, conhecer os alunos é o primeiro passo para navegar no contexto educativo tendo em mente os campos de experiência.
Na prática, o currículo deve conter as atividades educativas que irão compor as aulas, levando-se em consideração a rotina, os espaços e os materiais que a escola disponibiliza. Cabe ao professor, portanto, identificar como os campos de experiência podem ser manifestados em cada disciplina.
Por exemplo, o campo “corpo, gestos e movimentos” pode ser integrado à disciplina de Artes, com atividades de dança, teatro e mímica. O campo “escuta, fala, pensamento e imaginação” pode incorporar tanto Artes, como História e Português. O campo “espaço, tempo, quantidades, relações e transformações pode ajudar a tornar o ensino de Matemática mais palpável. E assim por diante.
Nesse sentido, é importante considerar o currículo um organismo vivo, composto por ações que farão parte do cotidiano das crianças e contribuirão diretamente para a formação delas.
Assim, se considerarmos que o processo de aprendizado é mais efetivo quando as experiências são colocadas em evidência, concluímos que o aluno se relaciona melhor com o que lhe incita sensações. Além disso, é válido se atentar para a importância da educação inclusiva.
Nos tópicos seguintes, daremos alguns exemplos de atividades que vai auxiliar na construção do currículo segunda a BNCC.
Como essa organização pode impactar no aprendizado das crianças?
Os campos de experiência atuam como pilares da aprendizagem e do processo de transformação das crianças. Isso porque eles partem do pressuposto de que elas aprendem quando “passam pelas situações”, de maneira ativa. O ser humano é “tocado” e transformado por aquilo que o sensibiliza. Logo, é interessante incorporar essa noção nos primeiros anos de vida.
Por meio dessa abordagem, é possível entender as experiências vividas pelas crianças como uma forma de “dar sentido” às coisas, o que aprofunda o jeito como elas aprendem. Vale ressaltar, no entanto, que a vivência precisa ter um valor significativo no contexto educacional.
É necessário que a experiência promova transformações internas, que possam ser compreendidas em outras situações. Para a BNCC, essa premissa preconiza o desenvolvimento infantil.
Por exemplo, ao fazer com que a criança se sinta desafiada e encantada diante de uma atividade ou brincadeira, o professor a estimula a interagir com o ambiente, os objetos e as pessoas. Logo, planejamentos pedagógicos que ofereçam oportunidades lúdicas para que os pequenos possam explorar suas descobertas e interesses configuram um dos grandes diferenciais dessa abordagem de ensino.
É importante destacar, ainda, que a recíproca é verdadeira: atividades que não despertam o interesse das crianças ou não as envolvam ativamente não são capazes de marcá-las como uma experiência valiosa e se mostram como oportunidades desperdiçadas de transmitir conhecimento.
Considere, por exemplo, uma atividade na qual cada criança deve desenhar o rosto de um colega de sala. Ao realizarem a tarefa, os alunos vão exercitar alguns dos campos de experiência (“o eu, o outro e o nós” e “traços, sons, cores e formas”, no mínimo).
Eles vão observar o colega, tentar entender a forma do rosto, notar que cada pessoa tem dois olhos, um nariz e uma boca, observar as particularidades do cabelo etc. Como a atividade é prática, mas exige observação e raciocínio, serão trabalhados, em conjunto, aspectos como: coordenação motora fina e visomotora, planejamento espacial ao usar o papel e composição artística.
Além disso, o exercício permite que elas reflitam sobre a diversidade da condição humana — diferentes tons de pele, tipos de cabelo, traços faciais, portes e posturas, entre outros — e a maneira como são observadas pelos outros.
Como fazer um currículo perfeito com campos de experiência?
Desenvolver um currículo para a educação infantil baseado nos campos de experiência da BNCC significa, fundamentalmente, partir de uma posição de escuta, e não de fala. Premissas como a dúvida, a investigação, a fascinação e a busca pelo inesperado serão as principais responsáveis por potencializar as vivências das crianças.
Nesse sentido, cada campo oferece ao professor um grupo de imagens, linguagens, situações e objetos que podem ser explorados para criar ocasiões de aprendizagem dentro do contexto das experiências que elas estejam vivendo. Além disso, é importante considerar os aspectos locais e regionais antes de levar uma atividade para a sala de aula.
Como ponto de partida, elencamos, a seguir, alguns aspectos importantes que devem ser considerados na hora de elaborar o currículo e sugerimos algumas atividades. Acompanhe!
Estimular atitudes de participação:
Quando falamos sobre o primeiro campo de experiência, “o eu, o outro e o nós”, notamos que é evidenciada a importância de ajudar as crianças a desenvolverem a empatia pelas outras pessoas, percebendo e respeitando as diferentes formas de agir, pensar e sentir. Então, o estímulo ao respeito mútuo, a resolução de conflitos e as atitudes de participação devem estar presentes na estratégia de ensino.
É pertinente considerar, também, que esse campo deve ser trabalhado em toda a trajetória escolar do aluno, o que indica que pensá-lo de maneira isolada não é o ideal. Além disso, é importante trabalhar num plano de desenvolvimento individual (PDI) para garantir a acessibilidade na escola.
Exemplos de atividades:
- fazer um quadro dos alunos, com nomes e fotos de cada um;
- propor que elas pesquisem, junto aos pais, sobre a história da família (origens, costumes, etc.);
- dar às crianças a função de “ajudantes” para manter a escola organizada e ensiná-las a colaborar com a sociedade;
- promover rodas de conversa.
Como organizar o currículo segundo os campos de experiência da BNCC?
Os processos de ensino-aprendizagem vivem em constante atualização, ainda mais pela aprovação da Base Nacional Comum Curricular em 2017. Mas você sabe como organizar o currículo segundo a BNCC?
Os campos de experiência previstos pelo documento visam trabalhar o desenvolvimento infantil de uma forma holística e coloca as crianças no centro das atividades escolares.
Como organizar o currículo segundo a BNCC?
Os campos de experiência representam uma mudança na lógica do currículo, que deixa de ser uma estrutura formada por conteúdos prévios e passa a se centrar na experiência da criança, na maneira como ela constrói sentido sobre as coisas, os outros e si mesma.
Alguns estudiosos partem do princípio de que a criança não sabe menos, ela tem um conhecimento diferente dos adultos, que precisam saber entrar naquele universo e respeitar a cultura que já existe no imaginário infantil. Assim, conhecer os alunos é o primeiro passo para navegar no contexto educativo tendo em mente os campos de experiência.
Na prática, o currículo deve conter as atividades educativas que irão compor as aulas, levando-se em consideração a rotina, os espaços e os materiais que a escola disponibiliza. Cabe ao professor, portanto, identificar como os campos de experiência podem ser manifestados em cada disciplina.
Por exemplo, o campo “corpo, gestos e movimentos” pode ser integrado à disciplina de Artes, com atividades de dança, teatro e mímica. O campo “escuta, fala, pensamento e imaginação” pode incorporar tanto Artes, como História e Português. O campo “espaço, tempo, quantidades, relações e transformações pode ajudar a tornar o ensino de Matemática mais palpável. E assim por diante.
Nesse sentido, é importante considerar o currículo um organismo vivo, composto por ações que farão parte do cotidiano das crianças e contribuirão diretamente para a formação delas.
Assim, se considerarmos que o processo de aprendizado é mais efetivo quando as experiências são colocadas em evidência, concluímos que o aluno se relaciona melhor com o que lhe incita sensações. Além disso, é válido se atentar para a importância da educação inclusiva.
Nos tópicos seguintes, daremos alguns exemplos de atividades que vai auxiliar na construção do currículo segunda a BNCC.
Como essa organização pode impactar no aprendizado das crianças?
Os campos de experiência atuam como pilares da aprendizagem e do processo de transformação das crianças. Isso porque eles partem do pressuposto de que elas aprendem quando “passam pelas situações”, de maneira ativa. O ser humano é “tocado” e transformado por aquilo que o sensibiliza. Logo, é interessante incorporar essa noção nos primeiros anos de vida.
Por meio dessa abordagem, é possível entender as experiências vividas pelas crianças como uma forma de “dar sentido” às coisas, o que aprofunda o jeito como elas aprendem. Vale ressaltar, no entanto, que a vivência precisa ter um valor significativo no contexto educacional.
É necessário que a experiência promova transformações internas, que possam ser compreendidas em outras situações. Para a BNCC, essa premissa preconiza o desenvolvimento infantil.
Por exemplo, ao fazer com que a criança se sinta desafiada e encantada diante de uma atividade ou brincadeira, o professor a estimula a interagir com o ambiente, os objetos e as pessoas. Logo, planejamentos pedagógicos que ofereçam oportunidades lúdicas para que os pequenos possam explorar suas descobertas e interesses configuram um dos grandes diferenciais dessa abordagem de ensino.
É importante destacar, ainda, que a recíproca é verdadeira: atividades que não despertam o interesse das crianças ou não as envolvam ativamente não são capazes de marcá-las como uma experiência valiosa e se mostram como oportunidades desperdiçadas de transmitir conhecimento.
Considere, por exemplo, uma atividade na qual cada criança deve desenhar o rosto de um colega de sala. Ao realizarem a tarefa, os alunos vão exercitar alguns dos campos de experiência (“o eu, o outro e o nós” e “traços, sons, cores e formas”, no mínimo).
Eles vão observar o colega, tentar entender a forma do rosto, notar que cada pessoa tem dois olhos, um nariz e uma boca, observar as particularidades do cabelo etc. Como a atividade é prática, mas exige observação e raciocínio, serão trabalhados, em conjunto, aspectos como: coordenação motora fina e visomotora, planejamento espacial ao usar o papel e composição artística.
Além disso, o exercício permite que elas reflitam sobre a diversidade da condição humana — diferentes tons de pele, tipos de cabelo, traços faciais, portes e posturas, entre outros — e a maneira como são observadas pelos outros.
Como fazer um currículo perfeito com campos de experiência?
Desenvolver um currículo para a educação infantil baseado nos campos de experiência da BNCC significa, fundamentalmente, partir de uma posição de escuta, e não de fala. Premissas como a dúvida, a investigação, a fascinação e a busca pelo inesperado serão as principais responsáveis por potencializar as vivências das crianças.
Nesse sentido, cada campo oferece ao professor um grupo de imagens, linguagens, situações e objetos que podem ser explorados para criar ocasiões de aprendizagem dentro do contexto das experiências que elas estejam vivendo. Além disso, é importante considerar os aspectos locais e regionais antes de levar uma atividade para a sala de aula.
Como ponto de partida, elencamos, a seguir, alguns aspectos importantes que devem ser considerados na hora de elaborar o currículo e sugerimos algumas atividades. Acompanhe!
Estimular atitudes de participação:
Quando falamos sobre o primeiro campo de experiência, “o eu, o outro e o nós”, notamos que é evidenciada a importância de ajudar as crianças a desenvolverem a empatia pelas outras pessoas, percebendo e respeitando as diferentes formas de agir, pensar e sentir. Então, o estímulo ao respeito mútuo, a resolução de conflitos e as atitudes de participação devem estar presentes na estratégia de ensino.
É pertinente considerar, também, que esse campo deve ser trabalhado em toda a trajetória escolar do aluno, o que indica que pensá-lo de maneira isolada não é o ideal. Além disso, é importante trabalhar num plano de desenvolvimento individual (PDI) para garantir a acessibilidade na escola.
Exemplos de atividades:
- fazer um quadro dos alunos, com nomes e fotos de cada um;
- propor que elas pesquisem, junto aos pais, sobre a história da família (origens, costumes, etc.);
- dar às crianças a função de “ajudantes” para manter a escola organizada e ensiná-las a colaborar com a sociedade;
- promover rodas de conversa.
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