Cérebro de autistas trabalha em velocidade diferente, diz estudo

Respostas sensoriais são mais rápidas, mas região ligada ao controle motor é mais lenta - e essas variações podem ajudar a explicar os sintomas.

O autismo é um transtorno neurológico que atinge cerca de 25 milhões de pessoas no mundo inteiro, segundo dados de 2015. Ele provoca dificuldade de comunicação e interação social, bem como comportamento restrito e repetitivo. Apesar das diversas pesquisas sobre o tema, as causas do autismo ainda não foram identificadas — a maioria dos estudos indica que se trata da união de fatores genéticos com causas ambientais.
Agora, um estudo desenvolvido por cientistas britânicos e japoneses descobriu que a velocidade neural de algumas áreas do cérebro pode estar ligada aos sintomas cognitivos das pessoas com autismo.
Para entender a descoberta, é preciso lembrar de algo meio óbvio: as áreas sensoriais do cérebro que processam informações ligadas aos reflexos humanos, vindas dos olhos, pele e músculos, têm períodos de processamento curtos, rápidos. Já áreas que processam informações mais complexas, como a memória, a inteligência e a tomada de decisões, respondem naturalmente de forma mais lenta.
Mas o novo estudo mostra que essa hierarquia de “tempos neurais” é diferente em pessoas autistas. O estudo, que usou ressonância magnética, descobriu que o cérebro dos autistas processa sinais sensoriais mais depressa que o normal. Já as respostas do núcleo caudado direito, região do cérebro ligada ao aprendizado e ao controle de impulsos motores, são mais lentas.
Apesar de o núcleo caudado processar informações mais lentamente no cérebro de pessoas com autismo, ele tem mais neurônios. Segundo os pesquisadores, isso pode contribuir para padrões comportamentais recorrentes e repetitivos, bem como as dificuldades de comunicação e interação enfrentadas pelos autistas.






Respostas sensoriais são mais rápidas, mas região ligada ao controle motor é mais lenta - e essas variações podem ajudar a explicar os sintomas.

O autismo é um transtorno neurológico que atinge cerca de 25 milhões de pessoas no mundo inteiro, segundo dados de 2015. Ele provoca dificuldade de comunicação e interação social, bem como comportamento restrito e repetitivo. Apesar das diversas pesquisas sobre o tema, as causas do autismo ainda não foram identificadas — a maioria dos estudos indica que se trata da união de fatores genéticos com causas ambientais.
Agora, um estudo desenvolvido por cientistas britânicos e japoneses descobriu que a velocidade neural de algumas áreas do cérebro pode estar ligada aos sintomas cognitivos das pessoas com autismo.
Para entender a descoberta, é preciso lembrar de algo meio óbvio: as áreas sensoriais do cérebro que processam informações ligadas aos reflexos humanos, vindas dos olhos, pele e músculos, têm períodos de processamento curtos, rápidos. Já áreas que processam informações mais complexas, como a memória, a inteligência e a tomada de decisões, respondem naturalmente de forma mais lenta.
Mas o novo estudo mostra que essa hierarquia de “tempos neurais” é diferente em pessoas autistas. O estudo, que usou ressonância magnética, descobriu que o cérebro dos autistas processa sinais sensoriais mais depressa que o normal. Já as respostas do núcleo caudado direito, região do cérebro ligada ao aprendizado e ao controle de impulsos motores, são mais lentas.
Apesar de o núcleo caudado processar informações mais lentamente no cérebro de pessoas com autismo, ele tem mais neurônios. Segundo os pesquisadores, isso pode contribuir para padrões comportamentais recorrentes e repetitivos, bem como as dificuldades de comunicação e interação enfrentadas pelos autistas.







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