A Psicomotricidade infantil aliada ao lúdico
O que é Psicomotricidade?
Segundo
o conceito da Sociedade Brasileira de Psicomotricidade: “Ciência que
tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e
em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades
de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo.
Portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento
organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito
cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua
socialização.”
Alguns autores enfatizam a importância da atividade corporal para o desenvolvimento das funções cognitivas: Wallon (1942) afirma que o pensamento nasce da ação para retornar a ele e Piaget (1936) sustenta que, mediante a atividade corporal a criança pensa, aprende, cria e enfrenta problemas de sua vida cotidiana.
A partir daí, constatamos que o desenvolvimento psicomotor é base para a relação da criança com o mundo, pois através do seu corpo, relaciona-se consigo mesma, com os outros, com os objetos, enfim, com o mundo ao seu redor, fazendo- se uma relação entre o agir e o pensar, a partir de aspectos constitutivos deste processo: esquema corporal (formação do eu), onde a criança adquiri consciência do próprio corpo e das possibilidades de expressar-se por meio deste; lateralidade onde a criança percebe que os membros não reagem da mesma forma: ex. escrita com a mão direita ou com a esquerda; orientação espacial, onde a criança localiza- se no espaço e situa as coisas umas em relação às outras e a orientação temporal, onde a criança situa-se no tempo.
Percebendo a criança como um ser integral do processo, cabe a escola proporcionar situações que favoreçam o seu amadurecimento psicomotor, através de atividades atrativas e prazerosas, de forma lúdica, como jogos, brinquedos e brincadeiras, contribuindo para que estas habilidades psicomotoras se desenvolvam de forma natural, facilitando a aquisição de novas aprendizagens.
Segundo Lapierre (1986), a educação psicomotora tem por objetivo não só a descoberta do próprio corpo e capacidade de execução do movimento, mas ainda a descoberta do outro e do meio ambiente, utilizando melhor suas capacidades psíquicas, facilitando a aquisição de aprendizagens posteriores.
Se nós educadores desenvolvermos nossa prática, com base na ideia de que o conhecimento é construído pela criança em situações de interação, precisaremos dispor de estratégias que as auxilie a compreender o que cada uma traz consigo, elevando suas potencialidades. Concluindo, portanto, a importância de termos um conhecimento prévio frente às etapas do desenvolvimento motor infantil, para poder escolher as atividades curriculares a partir da realidade psicomotora de nossos alunos.
Alguns autores enfatizam a importância da atividade corporal para o desenvolvimento das funções cognitivas: Wallon (1942) afirma que o pensamento nasce da ação para retornar a ele e Piaget (1936) sustenta que, mediante a atividade corporal a criança pensa, aprende, cria e enfrenta problemas de sua vida cotidiana.
A partir daí, constatamos que o desenvolvimento psicomotor é base para a relação da criança com o mundo, pois através do seu corpo, relaciona-se consigo mesma, com os outros, com os objetos, enfim, com o mundo ao seu redor, fazendo- se uma relação entre o agir e o pensar, a partir de aspectos constitutivos deste processo: esquema corporal (formação do eu), onde a criança adquiri consciência do próprio corpo e das possibilidades de expressar-se por meio deste; lateralidade onde a criança percebe que os membros não reagem da mesma forma: ex. escrita com a mão direita ou com a esquerda; orientação espacial, onde a criança localiza- se no espaço e situa as coisas umas em relação às outras e a orientação temporal, onde a criança situa-se no tempo.
Percebendo a criança como um ser integral do processo, cabe a escola proporcionar situações que favoreçam o seu amadurecimento psicomotor, através de atividades atrativas e prazerosas, de forma lúdica, como jogos, brinquedos e brincadeiras, contribuindo para que estas habilidades psicomotoras se desenvolvam de forma natural, facilitando a aquisição de novas aprendizagens.
Segundo Lapierre (1986), a educação psicomotora tem por objetivo não só a descoberta do próprio corpo e capacidade de execução do movimento, mas ainda a descoberta do outro e do meio ambiente, utilizando melhor suas capacidades psíquicas, facilitando a aquisição de aprendizagens posteriores.
Se nós educadores desenvolvermos nossa prática, com base na ideia de que o conhecimento é construído pela criança em situações de interação, precisaremos dispor de estratégias que as auxilie a compreender o que cada uma traz consigo, elevando suas potencialidades. Concluindo, portanto, a importância de termos um conhecimento prévio frente às etapas do desenvolvimento motor infantil, para poder escolher as atividades curriculares a partir da realidade psicomotora de nossos alunos.
O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO INFANTIL ATRAVÉS DO LÚDICO
O desenvolvimento cognitivo infantil não ocorre por si só, mas através
das diversas interações que a criança faz ao longo de sua trajetória,
explorando o meio onde vive.
O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o
desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para a saúde
mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de
socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento
(SANTOS, 1997, p.12).
Segundo Vygotsky (1991, p.126) é “[…] no brinquedo que a criança aprende
a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa,
dependendo das motivações e tendências internas, e não dos incentivos
fornecidos pelos objetos externos”.
Para este educador (1991, p.106), o brinquedo atua na resolução da tensão gerada na criança pela vontade de satisfazer um desejo imediato e a impossibilidade (física e mental) desta realização: “Para resolver esta tensão, a criança em idade pré- escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo”.
A imaginação é, segundo o autor, um processo psicológico inteiramente novo para a criança pré-escolar e que não pode ser encontrado ainda nas crianças com menos de três anos, ainda incapazes de postergar a realização de um desejo. Segundo Vygotsky (1991), o que distingue a brincadeira de outras atividades infantis, é que esta possui regras e imaginação, sejam elas explícitas ou não. Assim, na brincadeira do faz de conta, própria da idade pré-escolar, a imaginação está explícita e as regras implícitas. Vejamos o exemplo de brincar de casinha, nesta a criança precisa da imaginação para transformar-se em mãe, em filhinha ou em papai, mas, ao mesmo tempo, a criança precisa obedecer às regras inerentes ao papel assumido. Nos jogos, que aparecem na idade escolar, por outro lado, as regras estão explícitas, mas a imaginação implícita. O jogo de futebol pode servir para exemplificar o que o autor quer dizer, assim ao iniciar a partida o jogador submete-se às regras pré-fixadas, mas vai precisar da imaginação para realizar suas jogadas e ter uma boa atuação no jogo. Vygotsky (1991) afirma que a importância do brinquedo está no fato deste criar Zonas de Desenvolvimento Proximal na criança, pois ao brincar ela realiza, mesmo de forma imaginativa, atividades e funções que muitas vezes estão acima de suas reais capacidades, mas que são possíveis na situação do brinquedo.
O lúdico torna-se facilitado na prática pedagógica com Portadores de Necessidades Educativas Especiais (PNEE), pois é algo que ocorre de forma espontânea, sem imposição, contribuindo em muito na integração da criança e servindo principalmente como facilitador da aprendizagem, pois permite uma flexibilidade, conforme a necessidade, despertando o interesse e servindo como motivador, já que oportuniza a descoberta, do que lhe foi solicitado, em especial nas abstrações, como cálculos, por exemplo, já que torna a aprendizagem por meio de brincadeiras, dinâmicas e atividades mais atrativas, significativas e eficazes.
Artigo do nosso parceiro “Professor Marcos L Souza – Pedagogo – Psicopedagogo – Educador.
Para este educador (1991, p.106), o brinquedo atua na resolução da tensão gerada na criança pela vontade de satisfazer um desejo imediato e a impossibilidade (física e mental) desta realização: “Para resolver esta tensão, a criança em idade pré- escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo”.
A imaginação é, segundo o autor, um processo psicológico inteiramente novo para a criança pré-escolar e que não pode ser encontrado ainda nas crianças com menos de três anos, ainda incapazes de postergar a realização de um desejo. Segundo Vygotsky (1991), o que distingue a brincadeira de outras atividades infantis, é que esta possui regras e imaginação, sejam elas explícitas ou não. Assim, na brincadeira do faz de conta, própria da idade pré-escolar, a imaginação está explícita e as regras implícitas. Vejamos o exemplo de brincar de casinha, nesta a criança precisa da imaginação para transformar-se em mãe, em filhinha ou em papai, mas, ao mesmo tempo, a criança precisa obedecer às regras inerentes ao papel assumido. Nos jogos, que aparecem na idade escolar, por outro lado, as regras estão explícitas, mas a imaginação implícita. O jogo de futebol pode servir para exemplificar o que o autor quer dizer, assim ao iniciar a partida o jogador submete-se às regras pré-fixadas, mas vai precisar da imaginação para realizar suas jogadas e ter uma boa atuação no jogo. Vygotsky (1991) afirma que a importância do brinquedo está no fato deste criar Zonas de Desenvolvimento Proximal na criança, pois ao brincar ela realiza, mesmo de forma imaginativa, atividades e funções que muitas vezes estão acima de suas reais capacidades, mas que são possíveis na situação do brinquedo.
O lúdico torna-se facilitado na prática pedagógica com Portadores de Necessidades Educativas Especiais (PNEE), pois é algo que ocorre de forma espontânea, sem imposição, contribuindo em muito na integração da criança e servindo principalmente como facilitador da aprendizagem, pois permite uma flexibilidade, conforme a necessidade, despertando o interesse e servindo como motivador, já que oportuniza a descoberta, do que lhe foi solicitado, em especial nas abstrações, como cálculos, por exemplo, já que torna a aprendizagem por meio de brincadeiras, dinâmicas e atividades mais atrativas, significativas e eficazes.
Artigo do nosso parceiro “Professor Marcos L Souza – Pedagogo – Psicopedagogo – Educador.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- BARBOSA, Mª Carmem Silveira, HORN, Mª da Graça Souza. Organização do espaço e tempo na escola infantil. In: CRAIDY, Maria, KAERCHER, Gládis Elise P. da Silva. Educação infantil: pra que te quero. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
- BEE, Helen & BOYD, Denise: A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
- BENJAMIN, Walter: Magia e técnica, arte e política – Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Editora Brasiliense S.A. 1986.
- BETTELHEIM, Bruno: A psicanálise dos contos de fadas. 14. ed. São Paulo: Paz e Terra 2000
- CRAIDY, Maria e KAERCHER, Gladis. Educação Infantil: pra que te quero. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
- VYGOTSKY, L. S.A imaginação e a arte na Infância. (Ensaio psicológico), 1987.
A Psicomotricidade infantil aliada ao lúdico
O que é Psicomotricidade?
Segundo
o conceito da Sociedade Brasileira de Psicomotricidade: “Ciência que
tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e
em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades
de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo.
Portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento
organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito
cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua
socialização.”
Alguns autores enfatizam a importância da atividade corporal para o desenvolvimento das funções cognitivas: Wallon (1942) afirma que o pensamento nasce da ação para retornar a ele e Piaget (1936) sustenta que, mediante a atividade corporal a criança pensa, aprende, cria e enfrenta problemas de sua vida cotidiana.
A partir daí, constatamos que o desenvolvimento psicomotor é base para a relação da criança com o mundo, pois através do seu corpo, relaciona-se consigo mesma, com os outros, com os objetos, enfim, com o mundo ao seu redor, fazendo- se uma relação entre o agir e o pensar, a partir de aspectos constitutivos deste processo: esquema corporal (formação do eu), onde a criança adquiri consciência do próprio corpo e das possibilidades de expressar-se por meio deste; lateralidade onde a criança percebe que os membros não reagem da mesma forma: ex. escrita com a mão direita ou com a esquerda; orientação espacial, onde a criança localiza- se no espaço e situa as coisas umas em relação às outras e a orientação temporal, onde a criança situa-se no tempo.
Percebendo a criança como um ser integral do processo, cabe a escola proporcionar situações que favoreçam o seu amadurecimento psicomotor, através de atividades atrativas e prazerosas, de forma lúdica, como jogos, brinquedos e brincadeiras, contribuindo para que estas habilidades psicomotoras se desenvolvam de forma natural, facilitando a aquisição de novas aprendizagens.
Segundo Lapierre (1986), a educação psicomotora tem por objetivo não só a descoberta do próprio corpo e capacidade de execução do movimento, mas ainda a descoberta do outro e do meio ambiente, utilizando melhor suas capacidades psíquicas, facilitando a aquisição de aprendizagens posteriores.
Se nós educadores desenvolvermos nossa prática, com base na ideia de que o conhecimento é construído pela criança em situações de interação, precisaremos dispor de estratégias que as auxilie a compreender o que cada uma traz consigo, elevando suas potencialidades. Concluindo, portanto, a importância de termos um conhecimento prévio frente às etapas do desenvolvimento motor infantil, para poder escolher as atividades curriculares a partir da realidade psicomotora de nossos alunos.
Alguns autores enfatizam a importância da atividade corporal para o desenvolvimento das funções cognitivas: Wallon (1942) afirma que o pensamento nasce da ação para retornar a ele e Piaget (1936) sustenta que, mediante a atividade corporal a criança pensa, aprende, cria e enfrenta problemas de sua vida cotidiana.
A partir daí, constatamos que o desenvolvimento psicomotor é base para a relação da criança com o mundo, pois através do seu corpo, relaciona-se consigo mesma, com os outros, com os objetos, enfim, com o mundo ao seu redor, fazendo- se uma relação entre o agir e o pensar, a partir de aspectos constitutivos deste processo: esquema corporal (formação do eu), onde a criança adquiri consciência do próprio corpo e das possibilidades de expressar-se por meio deste; lateralidade onde a criança percebe que os membros não reagem da mesma forma: ex. escrita com a mão direita ou com a esquerda; orientação espacial, onde a criança localiza- se no espaço e situa as coisas umas em relação às outras e a orientação temporal, onde a criança situa-se no tempo.
Percebendo a criança como um ser integral do processo, cabe a escola proporcionar situações que favoreçam o seu amadurecimento psicomotor, através de atividades atrativas e prazerosas, de forma lúdica, como jogos, brinquedos e brincadeiras, contribuindo para que estas habilidades psicomotoras se desenvolvam de forma natural, facilitando a aquisição de novas aprendizagens.
Segundo Lapierre (1986), a educação psicomotora tem por objetivo não só a descoberta do próprio corpo e capacidade de execução do movimento, mas ainda a descoberta do outro e do meio ambiente, utilizando melhor suas capacidades psíquicas, facilitando a aquisição de aprendizagens posteriores.
Se nós educadores desenvolvermos nossa prática, com base na ideia de que o conhecimento é construído pela criança em situações de interação, precisaremos dispor de estratégias que as auxilie a compreender o que cada uma traz consigo, elevando suas potencialidades. Concluindo, portanto, a importância de termos um conhecimento prévio frente às etapas do desenvolvimento motor infantil, para poder escolher as atividades curriculares a partir da realidade psicomotora de nossos alunos.
O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO INFANTIL ATRAVÉS DO LÚDICO
O desenvolvimento cognitivo infantil não ocorre por si só, mas através
das diversas interações que a criança faz ao longo de sua trajetória,
explorando o meio onde vive.
O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o
desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para a saúde
mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de
socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento
(SANTOS, 1997, p.12).
Segundo Vygotsky (1991, p.126) é “[…] no brinquedo que a criança aprende
a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa,
dependendo das motivações e tendências internas, e não dos incentivos
fornecidos pelos objetos externos”.
Para este educador (1991, p.106), o brinquedo atua na resolução da tensão gerada na criança pela vontade de satisfazer um desejo imediato e a impossibilidade (física e mental) desta realização: “Para resolver esta tensão, a criança em idade pré- escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo”.
A imaginação é, segundo o autor, um processo psicológico inteiramente novo para a criança pré-escolar e que não pode ser encontrado ainda nas crianças com menos de três anos, ainda incapazes de postergar a realização de um desejo. Segundo Vygotsky (1991), o que distingue a brincadeira de outras atividades infantis, é que esta possui regras e imaginação, sejam elas explícitas ou não. Assim, na brincadeira do faz de conta, própria da idade pré-escolar, a imaginação está explícita e as regras implícitas. Vejamos o exemplo de brincar de casinha, nesta a criança precisa da imaginação para transformar-se em mãe, em filhinha ou em papai, mas, ao mesmo tempo, a criança precisa obedecer às regras inerentes ao papel assumido. Nos jogos, que aparecem na idade escolar, por outro lado, as regras estão explícitas, mas a imaginação implícita. O jogo de futebol pode servir para exemplificar o que o autor quer dizer, assim ao iniciar a partida o jogador submete-se às regras pré-fixadas, mas vai precisar da imaginação para realizar suas jogadas e ter uma boa atuação no jogo. Vygotsky (1991) afirma que a importância do brinquedo está no fato deste criar Zonas de Desenvolvimento Proximal na criança, pois ao brincar ela realiza, mesmo de forma imaginativa, atividades e funções que muitas vezes estão acima de suas reais capacidades, mas que são possíveis na situação do brinquedo.
O lúdico torna-se facilitado na prática pedagógica com Portadores de Necessidades Educativas Especiais (PNEE), pois é algo que ocorre de forma espontânea, sem imposição, contribuindo em muito na integração da criança e servindo principalmente como facilitador da aprendizagem, pois permite uma flexibilidade, conforme a necessidade, despertando o interesse e servindo como motivador, já que oportuniza a descoberta, do que lhe foi solicitado, em especial nas abstrações, como cálculos, por exemplo, já que torna a aprendizagem por meio de brincadeiras, dinâmicas e atividades mais atrativas, significativas e eficazes.
Artigo do nosso parceiro “Professor Marcos L Souza – Pedagogo – Psicopedagogo – Educador.
Para este educador (1991, p.106), o brinquedo atua na resolução da tensão gerada na criança pela vontade de satisfazer um desejo imediato e a impossibilidade (física e mental) desta realização: “Para resolver esta tensão, a criança em idade pré- escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo”.
A imaginação é, segundo o autor, um processo psicológico inteiramente novo para a criança pré-escolar e que não pode ser encontrado ainda nas crianças com menos de três anos, ainda incapazes de postergar a realização de um desejo. Segundo Vygotsky (1991), o que distingue a brincadeira de outras atividades infantis, é que esta possui regras e imaginação, sejam elas explícitas ou não. Assim, na brincadeira do faz de conta, própria da idade pré-escolar, a imaginação está explícita e as regras implícitas. Vejamos o exemplo de brincar de casinha, nesta a criança precisa da imaginação para transformar-se em mãe, em filhinha ou em papai, mas, ao mesmo tempo, a criança precisa obedecer às regras inerentes ao papel assumido. Nos jogos, que aparecem na idade escolar, por outro lado, as regras estão explícitas, mas a imaginação implícita. O jogo de futebol pode servir para exemplificar o que o autor quer dizer, assim ao iniciar a partida o jogador submete-se às regras pré-fixadas, mas vai precisar da imaginação para realizar suas jogadas e ter uma boa atuação no jogo. Vygotsky (1991) afirma que a importância do brinquedo está no fato deste criar Zonas de Desenvolvimento Proximal na criança, pois ao brincar ela realiza, mesmo de forma imaginativa, atividades e funções que muitas vezes estão acima de suas reais capacidades, mas que são possíveis na situação do brinquedo.
O lúdico torna-se facilitado na prática pedagógica com Portadores de Necessidades Educativas Especiais (PNEE), pois é algo que ocorre de forma espontânea, sem imposição, contribuindo em muito na integração da criança e servindo principalmente como facilitador da aprendizagem, pois permite uma flexibilidade, conforme a necessidade, despertando o interesse e servindo como motivador, já que oportuniza a descoberta, do que lhe foi solicitado, em especial nas abstrações, como cálculos, por exemplo, já que torna a aprendizagem por meio de brincadeiras, dinâmicas e atividades mais atrativas, significativas e eficazes.
Artigo do nosso parceiro “Professor Marcos L Souza – Pedagogo – Psicopedagogo – Educador.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- BARBOSA, Mª Carmem Silveira, HORN, Mª da Graça Souza. Organização do espaço e tempo na escola infantil. In: CRAIDY, Maria, KAERCHER, Gládis Elise P. da Silva. Educação infantil: pra que te quero. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
- BEE, Helen & BOYD, Denise: A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
- BENJAMIN, Walter: Magia e técnica, arte e política – Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Editora Brasiliense S.A. 1986.
- BETTELHEIM, Bruno: A psicanálise dos contos de fadas. 14. ed. São Paulo: Paz e Terra 2000
- CRAIDY, Maria e KAERCHER, Gladis. Educação Infantil: pra que te quero. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
- VYGOTSKY, L. S.A imaginação e a arte na Infância. (Ensaio psicológico), 1987.
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